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Acima apresentamos um mapeamento alguns dos diversos projetos artísticos que desenvolvem atividades nos cárceres d'América Latina. Cada projeto está assinalado com um 🕮 e as homenagens com uma ★. Para ampliar a região clique ➕ e para diminuir clique ➖

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Documentário Luas Cativas legendado para o português

Lunas Cautivas: história de poetas presas é um documentário da diretora argentina Marcia Paradiso, realizado em 2011, que disponibilizamos aqui com sua autorização expressa. As legendas em português foram realizadas pelo Laboratório de Tradução da UNILA, em 2016.

Atualização de 1 de novembro de 2020

O documentário Luas Cativas  entrou no catálogo da plataforma VOD Mujeres en Cine, por esse motivo não estará mais disponível no Youtube.

Se você quiser assistir o documentário com legendas em português, para fins acadêmicos ou para usar em atividades em prisões, pode nos escrever que pediremos a autorização da diretora Marcia Paradiso ou pode entrar em contato diretamente com ela. Nosso e-mail: direitoapoesiaunila ; email de Marcia Paradiso: marciaparadiso@yahoo.com.ar 








Foi através do olhar intimista do mundo feminino na prisão¹, proposto pelo documentário que nós, que escrevemos este blog conhecemos MaríaMedrano e a aposta de YoNoFui. A trama de Lunas Cautivas se compõe de três cápsulas narrativas que, mesmo focadas em contar a história de uma poeta em particular, ou seja, Lídia Ríos, Maria José Sancho e Liliana Cabrera, acabam nos dando uma ideia de como círculos coletivos de leitura se desenvolvem dentro da prisão. Isso possibilita, ao mesmo tempo, que outras pessoas que trabalham ou pretendem trabalhar com arte no contexto prisional tenham uma referência metodológica para o desenvolvimento de suas iniciativas.




Também partilhamos este longa-metragem porque consideramos muito relevantes algumas das posturas da diretora e das outras pessoas envolvidas na sua produção. Marcia Paradiso participou dos círculos semanais de leitura e escrita durante os dois anos anteriores às filmagens do documentário. Isso a fez questionar-se sobre a prisão como um lugar de potência criativa e sobre a possibilidade de ser livre mesmo criando em um espaço de confinamento. Assim, tendo sido pensado a partir de um foco não apenas observacional, mas de observação participante, Lunas Cautivas nos permite identificar um tratamento cuidadoso em relação às protagonistas e suas histórias, fugindo à espetacularização de suas vidas dentro da prisão ou dos motivos de sua sentença como recurso discursivo para a composição do enredo do longa-metragem. Pelo contrário, Marcia preocupa-se em mostrar que não se trata de fazer algo pelas mulheres em situação de privação de liberdade, mas de fazer algo junto com elas; que não se trata só de dar acesso a textos literários às mulheres presas ou ocasiões para ler e escrever, mas de trabalhar a partir do afeto e da empatia na mediação de encontros nos quais as vozes e experiências das participantes dialogam, pois para as pessoas presas esses espaços podem ser uma ferramenta de apoio e de abertura de caminhos para se repensarem como sujeitas e reafirmarem sua individualidade.





Desde 2016 até hoje participamos de duas exibições do documentário em Foz do Iguaçu, junto de nossa legenda. A primeira foi realizada no segundo semestre de 2016, no Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu (CDHMP). A segunda exibição aconteceu no primeiro semestre de 2018, no Centro de Referência em Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CRAM), em colaboração com o projeto Ciclo de diálogos em imagem, estética e política, outra iniciativa extensionista da UNILA.
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Notas:
* Todas as imagens do post foram retiradas do documentário.

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