O Laboratório de Tradução da UNILA é um projeto de extensão criado em
2016, com o objetivo de constituir-se como um espaço de formação e iniciação à
prática da tradução dentro de uma universidade multilíngue e intercultural. É
também um lugar onde se busca não apenas aperfeiçoar as línguas
adicionais/oficiais da instituição (o português e o espanhol), mas também
fomentar sua pesquisa e atender às demandas de tradução internas e externas à
universidade. O Laboratório tem
trabalhado principalmente com expressões literárias periféricas e/ou produzidas
desde locais de fala não-hegemônicos. Mas, sobretudo, o que melhor define esta
ação são seus integrantes, estudantes e docentes de diversas partes da América
Latina que conformam a comunidade acadêmica da UNILA e que refletem nossa
singularidade, a história e a memória de um continente, de suas línguas e modos
de dizer, viver e ver o mundo.
Direito à poesia é um projeto de extensão que propõe a formação de pessoas para a mediação de
leitura e a realização de oficinas
literárias junto com pessoas internas em instituições prisionais de Foz do
Iguaçu (Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu II e Penitenciária Feminina).
As rodas de leitura e escrita são realizadas com participantes que aderem
voluntariamente à proposta, bem como com docentes que já atuam nos locais. Essa
proposta de ação surgiu com o objetivo de criar um espaço de amizade e de
compartilhamento de leitura e escrita, no qual experiências significativas com
a palavra tornem possível a abertura de janelas de liberdade em cada um de
nós.
BIO
Tato: Mulher. Migrante. Nacionalidade colombiana, residente
no Brasil porém Latinoameriacana antes do que for que os documentos falem. Formada em Letras, Artes e Mediação Cultural pela UNILA. Enxergo a tradução como atividade
de criação artística, ideia especialmente vinculada ao campo da tradução
literária e audiovisual. Tenho me formado como mediadora fundamentalmente
através de iniciativas de extensão preocupadas com o questionamento da norma,
seja estética, letrada, afectivo/sexual o penal; o que faz com que acredite na
possibilidade de habitar a injúria e a dissidência como locais a partir dos
quais artivar para transformar. E-mail: tapeco94@gmail.com
Ana: Nasci e cresci em Foz do Iguaçu. Estudo Letras, Artes e
Mediação Cultural na UNILA. Produzo arte e acredito que ela é uma forma de
promover mudanças importantes, de dentro para fora, e por isso, entendo que o
incentivo à produção artística é fundamental para que as pessoas consigam
encontrar seu lugar no mundo, expressando seus sentimentos e afetos e
resgatando o que muitas vezes o mundo tira da gente. E-mail: acl.fank.2017@aluno.unila.edu.br
Bia: Nasci no Mato Grosso do Sul, mas já vivi em muitos lugares. Atualmente vivo em Foz do Iguaçu, onde curso História da América Latina na UNILA. Desde 2015 escrevo e pesquiso sobre biografias de mulheres apagadas da História no projeto As Mina na História. Faço parte do grupo editorial da Revista Peabiru, uma revista colaborativa sobre cultura latino-americana. Me interessei pela tradução a partir do contato com o ativismo gordo latino-americano e a necessidade de espalhar palavras sobre nossos corpos políticos. E-mail: biavaranis@gmail.com
Bia: Nasci no Mato Grosso do Sul, mas já vivi em muitos lugares. Atualmente vivo em Foz do Iguaçu, onde curso História da América Latina na UNILA. Desde 2015 escrevo e pesquiso sobre biografias de mulheres apagadas da História no projeto As Mina na História. Faço parte do grupo editorial da Revista Peabiru, uma revista colaborativa sobre cultura latino-americana. Me interessei pela tradução a partir do contato com o ativismo gordo latino-americano e a necessidade de espalhar palavras sobre nossos corpos políticos. E-mail: biavaranis@gmail.com
Nat: Estudo História - América Latina na UNILA desde 2019. Artista, arteira escritora aluna. Caipira latino-americana. Sou fronteiriça mais além da geografia, vivo no limite das definições impostas.
Apaixonada pela história e pelos estudos da linguagem, e por como se trabalha com isso para recriar a realidade. Acredito no processo arte-tradução como política, como prazer e como movimento de identificação. E-mail: nathalia.guereschi@gmail.com
Cristiane: Sou professora de literatura na Unila, embora essa
expressão "professora de literatura" me soe bastante paradoxal.
Talvez seja mais preciso dizer que sou uma professora (que se pergunta todos os
dias o que pode ser a docência hoje) a partir disso que, em permanente
transformação, chamamos literatura. Uma de minhas grandes alegrias tem sido
encontrar as parcerias proporcionadas pelo Direito à Poesia, projeto que também
encaro como uma forma de resistência: resistência que se dá pelas pequenas descobertas
da leitura e da escrita e pelas súbitas explosões de sentido da palavra que
fazemos em uma roda de amizades - micro-revoluções subjetivas e compartilhadas
contra os discursos normatizadores. E-mail: cristiane.checchia@unila.edu.br
Bruna: Professora brasileira de espanhol como língua adicional da
UNILA, tradutora e doutoranda em Estudos da Tradução pela Universidade de São
Paulo, mas, acima sobretudo, aprendiz. Gosto de refletir sobre as línguas com
as quais trabalho, sobre como estas me atravessam e me constituem como mulher e
pessoa latino-americana, sobre suas muitas formas de dizer, ser e ver o mundo.
e-mail: bruna.oliveira@unila.edu.br
Mario: Professor da Unila, transito entre o ensino de espanhol, a literatura e a tradução. Estou interessado em pensar e agir a partir da universidade, mas também de fora dela. Defensor de uma universidade pública aberta e gratuita. Colombiano, ainda que agora não totalmente, e cada vez mais brasileiro, embora nunca por inteiro. Alguém que prefere viver na fronteira. E-mail: mario.torres@unila.edu.br