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sábado, 17 de setembro de 2022

Livro "Ultrassom" mostra afetividade e a realidade de jovens privados de liberdade


 Em 2020, Jedivam Conceição, pedagoga da Unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Arcoverde, Pernambuco, propôs a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa dessa instituição a criação do Clube Castelar, um espaço em que eles poderiam contar o que quisessem sobre suas histórias. Além de garantir aos adolescentes um lugar para falar livremente e ser escutados, a ideia era estimular a leitura e a escrita por meio dos livros disponíveis na biblioteca da Fundação. 

Clube Castelar. Reprodução: Arquivo/Jedivam Conceição.


Deste espaço surgiu a Cartonera Castelar, um selo editorial que promove a publicação de produções feitas pelos adolescentes que estão ou já estiveram na Funase de Arcoverde. O "Diário da Tranca" foi o primeiro trabalho publicado pelo selo, com textos e depoimentos escritos pelos adolescentes, do ano de 2020 até 2021. As capas foram desenhadas e feitas manualmente pelos autores.


Diário da Tranca. Imagem via Livrandante.


Em entrevista ao Diário de Pernambuco, Jedivam fala sobre o processo do livro: "Fazíamos oficinas, rodas de leitura, assistíamos a filmes, tudo como forma de estimular atividades. A partir daí veio a ideia de que escrevessem sobre a rotina como internos. Resolvi levar adiante para transformar os relatos em livro, publicar e dar visibilidade”.

Cartonera Castelar continua a tradição das cartoneras latino-americanas, que transformam em livros um material descartável (o papelão, em espanhol cartón), por meio do trabalho coletivo e com o intuito de fazer circular autores e autoras sem acesso ao grande mercado editorial. O livro de papelão é um projeto artístico singular e com poucas tiragens.


Ultrassom, a segunda publicação da Cartonera Castelar, surgiu da pesquisa de mestrado de Jedivam. Como conta na carta intitulada “cordão umbilical”, que faz parte do livro, ela tinha interesse em entrevistar para a sua pesquisa Geydson Oliveira, que passou pela Funase de Arcoverde. Os dois se encontraram em 2020 para falar sobre o tema e decidiram que mais apropriado do que uma entrevista seria uma troca de cartas. Sem terem sido pensadas para compor um livro, essas cartas trocadas irão se transformar, posteriormente, em Ultrassom, que deve seu nome ao fato de Geydson ter mostrado para Jedivam, no encontro mencionado, o ultrassom do seu segundo filho que vinha a caminho. A carta “cordão umbilical”, escrita dois anos depois, está endereçada a esse filho, Nicolás, futuro leitor do livro.



Ultrassom é um livro-objeto, uma caixa que contém dez cartas trocadas entre Jedivam e Geydson, além de carta “cordão umbilical” e uma carta de apresentação para o leitor escrita por Rodrigo Teófilo da Silva Santos. Cada carta vem em um envelope com três selos: Cartonera Castelar, Tsuru e Sertão. As cartas revelam uma relação significativamente diferente de uma entrevistadora-pesquisadora e seu entrevistado. Trata-se de uma troca intelectual e afetiva em que os dois contam episódios significativos de sua vida, incluindo, claro, a experiência na Funase de Arcoverde, como pedagoga e interno, respectivamente. As correspondências são, entre outras coisas, uma reflexão crítica tanto das políticas de encarceramento de jovens como da situação que enfrentam nas instituições de privação de liberdade: "(...) lá dentro aquele lugar falta mais um pouco de HUMANIDADE a gente lá dentro é tratado com muita humilhação". Este é apenas um trecho, que você pode conferir logo abaixo, a partir das cartas que selecionamos. 


As cartas são reproduzidas no livro, e por conseguinte aqui, tal qual foram escritas, sem passar por uma revisão textual. Decisão que possivelmente se deve ao desejo da editora, Jedivam, de não apagar que elas, pelo menos em parte, surgem de outro lugar que não é o da tradição letrada. 


Seleção de trechos de cartas escritas por Jedivam:


Carta 5


Arcoverde, 11 de novembro de 2019


Oi, Geydson


As palavras que aqui escrevo não poderiam ser com outro sentimento, senão de gratidão por sua generosidade, respeito e carinho por tudo que estamos construindo juntos. Gratidão por tudo que você tem me ensinado durante essa partilha.

Confesso que às vezes fico insegura, a responsabilidade desse trabalho me assusta e as incertezas são muitas, e quando compartilho isso contigo, com seu jeito bonito de ver a vida, sempre me diz que tudo vai dar certo. Desde que te conheci você é assim, transborda alegria e otimismo mesmo em meio ao caos, um jeito que sempre encantou aqueles que estavam a sua volta. Lembrei esses dias de quando você participava de uma oficina de origami lá na Funase, dentre outras técnicas você fazia tsurus, aquela ave japonesa símbolo da longevidade e da boa sorte, e do mesmo jeito que transformava um pedaço de papel em arte, a boniteza de sua alma também transformava a ordem das coisas e dava a certeza de que não só era necessário, mas que era possível acreditar que tudo poderia ser melhor.

Esta semana me deparei com um poema de um escritor brasileiro chamado Manoel de Barros, o poema chama-se Árvore e ilustra o que acabo de te dizer. As palavras do poeta dizem:


Um passarinho pediu a meu irmão para ser uma árvore.
meu irmão aceitou de ser a árvore daquele passarinho
No estágio de ser essa árvore, meu irmão aprendeu de sol,
de céu e de lua mais do que na escola
No estágio de ser árvore meu irmão aprendeu para santo
mais do que os padres lhes ensinavam no internato.
Aprendeu com a natureza o perfume de Deus.
Seu olho no estágio de ser árvore, aprendeu melhor o azul.
E descobriu que uma casa vazia de cigarra, esquecida no tronco das árvores só serve para poesia.
No estágio de ser árvore meu irmão descobriu que as árvores
são vaidosas. 

Que justamente aquela árvore na qual meu irmão
se transformara, envaidecia-se quando era nomeada para o
entardecer dos pássaros.

E tinha ciúmes da brancura que os
lírios deixavam nos brejos.
Meu irmão agradecia a Deus aquela permanência em árvore
porque fez amizade com as borboletas.

É essa a grandeza que enxergo em ti, tu és passarinho! Eu, me ensinaste a ser árvore. Nesse estágio nem sempre consegui ser sombra, ser galho firme onde fosse possível construir um ninho ou ser aconchego para as borboletas, mas me transformava cada vez que um passarinho pousava em mim. 

Hoje voltei de férias, depois de um mês sem ir a Funase, foi meu dia de atendimento, conversei com alguns meninos que ainda não conhecia. Lembrava naquele momento do que você me contou sobre a primeira vez lá, ouvia suas palavras nos olhares de alguns hoje, nas dúvidas do que é estar na Funase, no desejo de que aquilo não seja real, do não pertencimento aquele lugar, das ações que amedrontam, da convivência com desconhecidos e do medo do desconhecido. 

Subi ao pavilhão e um adolescente me chamou e perguntou se seria inserido na audiência concentrada, que é uma possibilidade de progressão ou extinção de medida fora do prazo que anteriormente estava estabelecido a periodicidade do relatório. Ele disse que já cumpria a medida há oito meses e que seu ato foi uma tentativa de homicídio, eu disse a ele que não poderia afirmar nada, pois estava retornando de férias e essa decisão é tomada em conjunto com toda a equipe técnica. Ele disse: diz que sim Jedivam, só pra eu me sentir melhor, você dizendo é possível, é outra coisa. Eu sorri e disse que se isso o faria se sentir melhor, era possível sim, ele me agradeceu e também sorriu. São nesses gestos simples que tenho me tornado árvore e aprendido mais de sol, de céu e de lua do que na escola…

  ***


Carta 7

Geydson

Cada vez que recebo uma carta sua me surpreendo e me emociono com suas palavras e com seu jeito simples que faz as coisas tornarem-se mais significativas. A última carta recebida foi mais uma emoção que experimentei com esse nosso jeito de enviar e receber nossas memórias, até então era através de Fábio, que faz transporte de passageiros de Arcoverde/Monteiro diariamente, ele sempre transporta as nossas correspondências e faz o papel de guardião de nossas palavras. Porém, naquele dia estava saindo de casa e me deparei com o envelope na minha caixa de correspondência, não esperava que fosse receber assim, você inclusive tinha dito que ainda não havia terminado e eu lhe disse que fizesse no seu tempo. 

Peguei o envelope voltei as escadas correndo para ler, fiquei muito emocionada, como todas as vezes que recebo uma carta sua, independente do que tem nela, simplesmente pelo gesto. Eu te liguei em seguida, lembra? Você me disse que tinha vindo a Arcoverde, trouxe a carta e deixou na minha caixa de correio, nem tocou o interfone, colocou e foi embora, pois precisava resolver algumas outras coisas. 

Eu tenho me inspirado com sua trajetória, tenho me permitido olhar outros adolescentes através de você, tenho realizado meu trabalho com a sensibilidade que antes, muitas vezes, não tinha, fosse pela minha posição dentro do sistema ou mesmo por ser sempre engolida pelo tempo e as burocracias.

Quando você fala na sua carta sobre alguns episódios que te aconteceram na Funase, me lembrei que vivenciei alguns desses episódios, a chegada de adolescentes foi um deles. Hoje não há mais essa cultura, mas naquela época, como você falou, quem chegava era recebido pelos demais aos gritos e em coro: “tu vai morrer! Tu vai morrer!”, eu mesma quando acompanhei pela primeira vez junto a polícia, um adolescente pra ser alojado na “CAFUA”, atravessar alguns metros no corredor entre o portão de entrada e a quadra foi amedrontador, os gritos eram ensurdecedores, uma das lembranças mais fortes que tenho de lá, parece que enquanto te escrevo aquelas vozes ecoam em minha mente.

Fiquei imaginando você, um garoto de 12 anos sendo “aprisionado”, como acontece com tantos. Essa situação me leva a refletir várias questões, para algumas tenho respostas, para outras não, fica a inquietação e a certeza de que é preciso continuar lutando. 

                 

           ***

Seleção de trechos de cartas escritas por Geydson:

 

Carta 2

Olá, Jedivan

Começo essa carta, agradesendo as lembranças nas quais min fez lembrar bouas e ruins, lembranças inesquecíveis a primeira vez que passei pela FUNASE não fui como um bandido como a sociedade pensa eu min recordo que fui um adolescente ou um garoto muito elevado tenho na memória que foi por atos que hoje na verdade se eu não estivesse ido pra aquele lugar tudo poderia ter cido diferente mais enfim fui então min vendo naquele lugar onde não havia direitos tinha que ser conforme mandava o sistema então tinha que fazer minha parte veio então as perguntas do outros adolescentes, eae doido caísse com o que?, depois os agentes veio aquele medo aquele arrependimento de tudo que tinha feito veio também as primeiras lágrimas com saudade de casa, da família e dos amigos mais aí tudo foi passando e veio a adaptação ao lugar onde fiz amizades e inimizades veio também a admiração de todos pelo meu tamanho eu era tão pequeno que a turma min chamava de mascote lá, você acredita então, 40 dias se passaram no outro dia eu e dois amigos meus teria audiência na qual seríamos liberados veio então o começo do resultado do sistema nos tiraram da cela onde ficávamos todos juntos e nos separaram colocando nois três numa salinha de aula um arcondicionado onde no meio da madrugada eu e os meninos tiramos do lugar e pela brexa do arcondicionado fugimos apenas eu e um dos outros dois éramos tão inosente que umas 3 ou 4 horas depois fomos pegos e capturados pelos próprios agentes da funase onde fomos violentamente espancados apanhamos demais, chegando no fórum deram a notícia ao Juíz o mesmo já cancelou a nossa liberdade nos deu mesmo foi uma transferência pra Caruaru CENIP CARUARU passei 19 dias lá depois veio outra transferência onde o Juíz de lá nos daria a liberdade, não sabia nem pra onde estava indo só soube quando cheguei lá em GARANHUNS passei 6 dias lá e ganhamos a liberdade assistida seguida de prestação de serviço onde íamos apenas passar a tarde lá no CREAS só assinava o nome e ficava lá das 13:00 as 17:00. 

Onde era pra passarmos um período de 6 meses em menos de dois meses aquele tédio de passar a tarde toda sem fazer nada decidimos não ir mais então ficava pela rua chegava em casa mãe perguntava tava aonde eu falava lá no CREAS tudo bem o tempo foi passando em menos de 1 ano o Juíz mandou nos trancar dinovo naquele lugar onde eu jurei pra todo mundo que nunca mais pizaria sendo apenas para cumprir a medida que foi descumprida então passei mais 6 meses naquele verdadeiro inferno com visitas de dois em dois meses, com um tempo mais prolongado ouvindo a história de todos os outros adolescentes aquele lugar não min ressocializou então quando saí veio as primeiras infrações onde comecei primeiro a roubar um papagaio um homem disse que comprava devido a casa se localizar em um lugar muito movimentado o pessoal da rua viu a gente pulando o muro então ligaram pra polícia a gente correu pra um matagal lá já cansados tivemos que parar e se esconder pois já não aguentava mais correr paresse até engraçado mais o meu amigo estava com o papagaio na mão e estava apertando o pescoço dele aí eu falei abre um pouco a mão se não vai matar ele quando ele folgou a mão o papagaio deu um grito os policiais nos acharam então fomos presos dinovo passei mais 5 meses dinovo por causa de um papagaio então saí dinovo foi ficando pior aí começamos a roubar mercados, padarias, e etc.

Então foi aí que fomos pegos dinovo sempre os mesmo foi aí que conheci você Jedivan na minha última vez na FUNASE [...]


o tempo foi passando naquela mesma rotina passei quase 11 meses por um bom comportamento a sua ajuda Jedivan e a de seu Giudásio o advogado da casa eu saí, saí mais saí pior Já tinha a maior idade não saí pior por causa de vocês mais pelo que vivi lá dentro aquele lugar falta mas um pouco de HUMANIDADE a gente lá dentro é tratado com muita humilhação, principalmente quando tem revista a polícia coloca todo mundo de cueca pra quadra as vezes até nu a gente vai pra quadra muitas vezes de surpreza de madrugada no frio jogando água na gente batendo querendo que a gente diga onde tem coisa errada sem ter nada então eu fui min revoltando com essas coisas quando saía pra completar não tinha nenhuma oportunidade de trabalho porque minha amiga Jedivan lhe falo com toda certeza e sinceridade se todos os adolescentes que saem da FUNASE estivesse uma oportunidade pra trabalhar muitos deles seriam sim cidadãos eu quando  saí pela última vez da Funase arrumei um emprego na minha cidade natal em Custódia mais aí lá tinha muitos amigos muitas influências então não abracei a oportunidade e fui fazer mais coisas errada foi aí que minha vida foi ficando mais ruim eu comecei traficar ou seja eu já tava como o povo dizia um bandido de auta periculosidade durou pouco essa faze a polícia min pegou fui direto pro presídio de Arcoverde, chegando lá não sofri tanto porque tinha vários amigos comecei a trabalhar na cantina arrumei celular lá dentro eu arrumei até namoradas no plural mesmo porque foi umas 4 sério mesmo fui pego com 1 celular lá dentro fui pra o castigo apanhei muito da polícia passei um período de 1 ano e 1 mês e 19 dias lá saí de alvará meu irmão tem uma esposa em Monteiro PB, onde na escola dela ele arrumou um emprego pra mim vivo aqui até hoje peço todos os dias a Deus pra não ter nenhuma recaída conheci minha esposa moro com ela hoje ela tem um filho que eu tenho como meu pois o carinho que ele min chama de PAPAI só eu sinto como é gostoso esse sentimento está grávida de 6 meses esperando o meu primeiro filho esses dias eu tive a mais gostosa sensação ao escultar e sentir o coraçãozinho dele então o que eu quero dizer é que a vida que eu tenho não vale a pena ser trocada por nada nesse mundo quero poder ajudá-la em muito mais Jedivan...


***




Carta 10

Sertânia 20 de Março de 2020


Jedivan.


 Gostaria de começar agradescendo o carinho que compartilha com seus amigos por mim, Também não tenho palavras para falar o que sinto desde que conversamos em frente a igreja aí em Arcoverde sinto-me muito feliz por tudo e Ter relembrado esse meu passado min fez muito bem meus amigos chegam aqui em casa min perguntam  o que é isso que você está fazendo então eu começo a contar tudo do início sem nenhuma vergonha o ressentimento que era o que sentia antes mais depois desse nosso trabalho min sinto mais confortável mais a vontade pra falar de mim, e como eu falei vai dar tudo certo nossa história minha trajetória de vida vais ser um sucesso seu trabalho já está fazendo sucesso antes de ser apresentado.

E o Nícolas chegou né foi emocionante eu presenciei tudo apesar dos médicos e enfermeiras não quererem min deixar entrar rsrs, mais graças a Deus eu entrei foi maravilhoso uma sensação maravilhosa ao ter ele em meus braços pela primeira vez e é maravilhoso a experiência tirando as madrugadas em claro que estamos passando e a mãe dele porque tem uma coisa quando ele se abusa pra se acalmar mais é muito bom mesmo quero contar todos os dias a ele sobre nosso trabalho quero contar todos os dias um trexo da minha história para que ele nunca passe pelo que eu passei quero servir de exemplo Não só para Nícolas nem para Antonny Gabriel mais para todos os que ouvirem falar de quem foi Geydson? E espero também que autoridades que se depararem com situações como a minha primeira infração não trate-os como bandidos pois podem acabar com a infância ou até mesmo com a vida de adolescentes que agem por impulso pois eu acho que o que cometi na primeira vez que fui pra FUNASE não foi caso de fazerem o que fizeram se as autoridades tivesse tomado outras providências eu não teria passado por o que eu passei porque eu quebrei algumas luzes dos postes isso não ser bandido isso é ser uma criança elevada um menino ruim e não um bandido o que eu min tornei quando saí da Funase foi sim que impressionou todo mundo minha família meus amigos todos achavam que eu iria sair uma pessoa mais calma do mundo mais não eu aprendi roubar e traficar mais porque quando eu saí daquele lugar minha vida quase acabou então, porque quase acabou? Porque a sociedade olha pra quem sai desses cantos com olhares diferente não te dão oportunidade de ressocializar ninguém dar emprego ninguém dar apoio nenhum então autoridades dêem mais chance a esses adolescentes vocês veram o país mudará de verdade...

Quero agradecer a você Jedivan Por acreditar em min um braço e uma boua sorte com o trabalho...


Foi um prazer partilhar minha história com você.


Um Forte Abraço   Jedivan