A prisão como lugar de conhecimento, como lugar de potência criativa. A prisão como um espaço a partir do qual pensar e abrir fendas nos muros que aprisionam e asfixiam quem se encontra tanto de um lado das grades como do outro. Esse espaço onde se atira o que deve ficar de fora -outra das tantas formas do quarto de despejo- é também um lugar para imaginar foras.
Mapa html
Epígrafe del mapa
Acima apresentamos um mapeamento alguns dos diversos projetos artísticos que desenvolvem atividades nos cárceres d'América Latina.
Cada projeto está assinalado com um 🕮 e as homenagens com uma ★. Para ampliar a região clique ➕ e para diminuir clique ➖
sexta-feira, 18 de outubro de 2019
Três poemas da antologia "Sarau Asas Abertas: Mulheres Poetas: Penitenciária Feminina da Capital"
Eu Fui: três reescrituras, um disparador
Como complemento da entrada anterior, compartilhamos três
poemas escritos por María Ferreyra, Lidia Rios e Liliana Cabrera[1], poetas que
passaram pelas oficinas de YoNoFui em Ezeiza e que hoje em dia, estando em
liberdade, continuam escrevendo. Como se pode ver no documentário LunasCativas, o disparador que deu origem a esses textos foi o poema Eu fui... de
Luis Cernuda, que disponibilizamos também no
final desta postagem. Os poemas de Liliana Cabrera e Lidia Rios são o
resultado da proposta de que cada participante da oficina dirigida por María
Medrano escrevesse seu próprio “eu fui”. O poema de María Ferreyra corresponde
a uma variação da proposta anterior: já não se tratava de escrever a partir do
que sugere a frase “eu fui”, mas sim da sua reformulação no sentido oposto: “não fui eu”.
terça-feira, 20 de agosto de 2019
Documentário Luas Cativas legendado para o português
Lunas Cautivas: história de poetas
presas é um documentário da diretora argentina Marcia Paradiso, realizado em
2011, que disponibilizamos aqui com sua autorização expressa. As legendas em
português foram realizadas pelo Laboratório de Tradução da UNILA, em 2016.
Atualização de 1 de novembro de 2020
O documentário Luas Cativas entrou no catálogo da plataforma VOD Mujeres en Cine, por esse motivo não estará mais disponível no Youtube.
Se você quiser assistir o documentário com legendas em português, para fins acadêmicos ou para usar em atividades em prisões, pode nos escrever que pediremos a autorização da diretora Marcia Paradiso ou pode entrar em contato diretamente com ela. Nosso e-mail: direitoapoesiaunila ; email de Marcia Paradiso: marciaparadiso@yahoo.com.ar
sábado, 22 de junho de 2019
Para todas nós, por María Medrano
Nota preliminar.
Começamos com um texto de María Medrano por dois motivos: o primeiro é que o trabalho de María, e do coletivo YoNoFui, nas prisões de Buenos Aires teve um impacto significativo em “Direito à poesia”, um dos projetos de extensão da Unila do qual participam xs autorxs deste blog. O segundo é que o texto ilustra muito bem o valor epistemológico da prisão. A prisão nos faz ver coisas que não vemos de outros lugares de enunciação, obrigando-nos a redefinir e repensar alguns problemas. “Para todas nós” fala do potencial mobilizador de pensamentos e ações das pessoas privadas de liberdade.
YoNoFui surgiu das oficinas de poesia que, a partir de 2002, María começou a dar às mulheres presas na Penitenciária de Ezeiza. Atualmente esse coletivo trabalha em projetos artísticos e produtivos dentro das prisões femininas, e fora, quando elas recuperam sua liberdade.
No link a seguir é possível acessar ao texto original em espanhol:
Segue a nossa tradução para o português.
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